A Memória é um grande Estádio

Depois de algum tempo, é fácil entender porque pais e mães continuam a chamar seus filhos e filhas de "meus bebês", mesmo quando já estão crescidos, criados... A vinda deles ao mundo é tão, mas tão marcante, que a memória é diferente. Especialmente diferente. Incomparável. Se a memória equivalesse a um estádio de futebol, o nascimento da Stella certamente tomaria o espaço da Tribuna de Honra. Não só porque é um lugar seleto, restrito, mas porque é o lugar do melhor conforto (de alma), e da melhor visão (de vida) de todas possíveis naquele estádio (de experiências e emoções). E aí, quando se acessa a esse espaço cativo na memória, vivemos e revivemos o momento mais marcante de uma vida. Minha teoria é a de que como todo esse registro é FORTE e VIVO demais pro subsconsciente considerar ser passado, aí então rezamos a imaginária "Cartilha dos Pais" e soltamos aquele famoso "ahhh, mas ele/ela sempre será o meu bebê!". E que mesmo as falhas que cometemos pela nossa inexperiência e imperfeição enquanto espírito - muitas vezes só detectadas bem depois - nunca são capazes de apagar. Afinal, é forte e vivo demais. Cadeira mais do que cativa.
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Domingo, Stella completa 2 anos e 5 meses de vida e eu sou um poço de saudade que torce pra tudo isso passar logo.

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