Blog do Dell Andrade

Esses dias me peguei pensando no quanto me boicotei, por anos. O incômodo com isso vem sendo forte o suficiente pra me fazer colocar pra fora isso em rodas de conversa entre colegas e na frente do computador. Hoje, um pouco mais calejado com as pancadas absorvidas (e ainda não aceitas), eu olho pra trás tentando entender como chegou a esse ponto e só consigo atribuir isso a 2 fatores básicos: (1) um processo de emancipação familiar mal conduzido e (2) uma corrida insana por ascensão profissional após ter “pavimentado o caminho” e receber um convite que pensei ser um "cavalo selado" passando. A emancipação era um movimento pra buscar uma  liberdade de ser e fazer  que eu não conseguia ter convivendo com familiares até os meus 27 anos; Já a busca por ascensão profissional era pra alimentar um ego e uma crença (traiçoeira e) pouco humilde de que  eu   sempre fui muito bom, quiçá o melhor dentre os da minha época  no que eu me prestava a fazer. Isso fora a busca por algum

Se é verdade que na linguagem cotidiana, as analogias sabem os atalhos pro entendimento do povo , então o lançamento da Força Estadual de Combate ao Desmatamento no Pará hoje, por meio de Decreto Governamental, pode significar que o Médico  (Estado) passa, a partir de então, a introduzir um novo antitérmico no tratamento do  Paciente Território , que no estado de febre ardente (e reincidente) que vem apresentando nos últimos anos, precisará ainda de outros estímulos como: - Polivitamínicos (fomento à produção responsável); - Reforço muscular (aumento e capacitação dos quadros funcionais dos órgãos); - Exames de Raio-X e Ressonâncias (avanço do CAR, fortalecimento do Licenciamento) - Fisioterapia (recuperação de áreas degradadas); - Boas amizades (arranjos institucionais eficazes e "perseguição" ao ODS 17 ), entre outros. Só assim poderemos manter a doença Desmatamento em algum nível de controle, que permita que o paciente Território le

QUEDA . Tudo começa quando você acha que pode controlar o ciclo das coisas. Quando cai na ilusão de que, por se sentir jovem, forte e disposto o bastante, acha que pode controlar como as coisas se dão e pior que isso: a duração e a intensidade delas. Então, bancando o dono da verdade, mas sem perceber o caminho errado que está tomando, você não cuida do meio, muito menos se prepara pra um eventual fim, porque no seu íntimo o fim depende somente de você. – “ Ahhhh, depois eu vejo isso ”, – “ Ahhhh, depois eu dou aquela forra ” (que nunca vem), – “ Mas fulano(a) nem se importa se eu não fizer isso mesmo… ” E é exatamente a reprodução desse pensamento o maior indicativo de que a queda virá . Adicione-se a isso as pitadas de fantasia e idealismo que nos acometem, especialmente os jovens (eu não preciso ser mais vivido pra perceber). Pronto: estão aumentadas as chances de queda, já que estes dois são véus poderosos que existem para nos impedir de enxergar a realidade das