Ambição: onde está o erro?

Sempre acreditei que as palavras não deveriam ficar marcadas por uma “fama ruim” a partir da recorrência de seus usos em determinadas situações. Não a ponto de gerar em desfavor de si uma espécie de estigma, como um carimbo de condenação que vai eliminando os outros sentidos (bons) que ela possa ter, e faz com que nós, ao ouvi-las, imediatamente sejamos levados a uma circunstância ou hipótese ruim, a partir daquele sentido que sobressai. Confesso não saber se esse é um mal que assola especificamente a Língua Portuguesa, ou se nas outras também ocorre esse fenômeno. Essa estigmatização ocorre em vários casos e há uma série de palavras que, embora tenham acepções positivas (e são até necessárias, em muitos casos!) estão completamente “condenadas” pela língua. Quer um exemplo? “Frio”, “calculista” (imagine como não se sente o Engenheiro, não?!). Ué, qual o problema de ser racional e calcular os riscos de uma situação? “Meticuloso” é outra palavra que sofre também, coitada...